Enquanto isso, aqui no Brasil o regime militar prendia, torturava e por vezes assassinava, e do lado oposto também. Não me perguntem como, mas me recordo de um sequestro que acabou com a morte do sequestrado e a imagem na tv era um homem morto, metralhado em um carro. Há pouco perguntei a minha mãe e de fato isso aconteceu. Pesquisei no Google e descobri que era o presidente da Ultragaz, um dinamarquês que foi metralhado pela luta armada. Este crime aconteceu aqui em São Paulo, tal qual os outros que descrevi aconteceram em centros urbanos.
Com isso quero dizer o seguinte: se eu, que era só uma criança curiosa, ainda hoje me recordo por tantos episódios violentos, o que dizer dos familiares daquelas vítimas?
Aqui não se deve questionar de que lado do ,o,ento histórico se estava.
É preciso reconhecer que o terrorismo é violento e o objetivo é acertar o alvo ou então causar tragédia(s) de muito impacto, causar terror e medo. Lógico. Esta é alógica dos grupos terroristas até hoje.
Um dos primeiros posts que criei (ver falando muito sério), na verdade foi a reprodução do editorial d'O Estado de São Paulo que, com indignação, demonstrava os absurdos cometidos do ministro da Justiça para conceder o status de refugiado político ao criminoso Cesare Battisti.
Você deve estar pensando "ah! não! até aqui?". Sim. Até aqui, entre fotos de gêmeos que não existem.
A justiça e o governo italianos não querem o sr Battisti de volta porque ele é um fugitivo político. Querem porque ele é um criminoso condenado por 3 homicídios e por ter sido o mandante de um 4º. E tais crimes não foram cometidos meramente por razões de ideologia política. O sr Battisti já era um criminoso, que na prisão ingressou em um dos grupos da extrema esquerda italiana.
Volto ao ministro da Justiça brasileiro. O mesmo ministro que viajou para Mônaco atrás de Salvattore Cacciola. Não quero dizer que o crime financeiro cometido seja menor, não é. Crime é crime. Mas, para o Sr Ministro, um ladrão do colarinho branco ser preso é mais importante do que um assassino, ops, um preso político (!). Assassinar porque se é terrorista é legítimo. Ah! tá.
Então a devolução de dois atletas cubanos 'fujões' da delegação e que pediram asilo político, durante os Jogos Pan-Americanos no Rio, isso o Sr ministro sabe fazer. Devolveu-os sumariamente a ilha dos irmãos Castro. Resultado? Um dos atletas conseguiu fugir de lá para a Alemanha e hoje reside em Miami.
Resumindo? A soberania da decisão italiana foi jogada pela descarga do ministério da justiça. Do Brasil. E essa desastrosa decisão repercutirá contra o Brasil que é maior que o ministro, o presidente em exercício e Cesare Battisti. Pelo menos era antes dessa decisão desastrosa.