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26 março, 2009

comer, rezar, amar

Verdade seja dita, não sou a melhor viajante do mundo. Sei disso porque já viajei muito, e conheci pessoas que são ótimas viajantes. Verdadeiros talentos naturais. Conheci viajantes que são tão fisicamente resistentes que seriam capazes de beber a água de uma sarjeta de Calcutá em uma caixa de sapatos e não passar mal. Pessoas que absorvem novos idiomas, enquanto o restante de nós só consegue absorver doenças infecciosas. Pessoas que sabem como acalmar um guarda de fronteiras ameaçador ou seduzir um burocrata pouco cooperativo na seção de vistos. Pessoas que têm a altura e a compleição certas para parecerem mais ou menos normais em qualquer lugar que estejam – na Turquia, poderiam muito bem ser turcas, no México são subitamente mexicanas, na Espanha poderiam ser confundidas com bascos e na África do Norte algumas vezes podem passar por árabes.


Têm livros que evito ler, tamanha a propaganda. Sei lá, tenho um modo 'soy contra' de viver.


Mas comecei a ler comer, rezar, amar, de Elizabeth Gilbert [foto] e estou gostando, principalmente porque ela narra experiências com as quais me identifico, porque de alguma maneira, ao meu modo, eu experimentei. Ainda me encontro na 1a. parte do livro, em que a autora está em Roma.


O texto transcrito vem a ser o primeiro parágrafo, do Capítulo 13, e dá uma ideia do seu conteúdo. Mas outras experiências reais, ao menos para mim, estão nas demais páginas.


comer, rezar, amar

Elizabeth Gilbert
editora Objetiva
342 paginas