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10 março, 2009

noite de fúria

Depois de três dias de trabalho intenso, eis que no domingo acordei muito cansada e o cansaço se estendeu para a segunda-feira. Por sorte, alunos cancelaram aulas, e mesmo assim, cancelei uma das aulas que daria. Simplesmente não me aguentava em pé. Enfim, fiquei de molho em casa.

Tudo transcorreu bem até a madrugada desta terça-feira.

Moro próxima a uma avenida relativamente movimentada na região da zona sul da cidade e nesta madrugada, por volta das 3:30h, fortes disparos rasgaram a madrugada silenciosa.

Acordei assustada porque não eram disparos de armas pequenas [é assustador escrever isso, mas todos nós já sabemos distinguir o som de disparos de armas de fogo], também não era o estrondo de uma bomba, mas também não se tratava de fogos de artífico que porventura acompanhassem um balão fora de época. Foram vários disparos, talvez de fuzis? quem sabe, meu Deus?

Em seguida ouviram-se gritos, altos e nervosos dizendo "rápido, rápido, vai, vai p...!" - mais de uma vez. Foi o roubo à agência do Banco do Brasil que fica na avenida.

Todos nós, vizinhos à agência, despertamos. Cada qual em sua casa questionava-se sobre o quê acontecia, mas quem teria coragem de acender as luzes ou mesmo sair à porta? Ninguém, claro.

Pela manhã descobrimos que tentaram levar um caixa eletrônico (!) e agrediram o vigia que se encontrava na agência, e que mesmo assim conseguiu acionar a PM.

Sabemos que não foi o primeiro roubo noturno, mas a ação em si e os disparos assustaram muita gente. A seguir o link [aqui] do jornal SPTV desta manhã que repercutiu o que aconteceu:


Assaltos nas madrugadas, arrastões em condomínios no fim-de-semana, muitas ruas semi-desertas com casas vazias ostentando placas de venda. Quem mais duvida que vivemos uma guerra urbana?