.


.

.

03 abril, 2009

tributo a george

foto: reprodução

George Harrison (25/02/1943 — 29/11/2001), foi um beatle, e dos quatro o mais discreto, introspectivo e espiritualizado. Dos quatro, o instrumentista, muito talentoso.

George morreu aos 58 anos de idade. Seu corpo foi cremado e alguns chegaram a dizer que suas cinzas foram jogadas no Rio Ganges
. George era um devoto do hinduísmo, sendo ele o responsável pela ida dos Beatles à Índia, para um período de imersão num ashram.

Mas por que afinal, seu trabalho me emociona e me comove?

A explicação que encontro pra isso é que cresci ouvindo Beatles, principalmente a fase final, pós Índia. Talvez porque se possa reconhecer nas suas músicas a sua expressão religiosa. Sei lá. Só sei que me comove.

Após a sua morte, a família emitiu um comunicado dizendo "abandonou este mundo como viveu: consciente de Deus
, sem medo da morte e em paz, rodeado de familiares e amigos".

A carreira solo de George teve altos e baixos, reclusão e retorno.



Com Ravi Shankar, George foi o responsável pelo primeiro show beneficente reunindo as estrelas do rock. Isso aconteceu em 1971 e chamou-se The Concert for Bangladesh. Na realidade foram dois shows que aconteceram na tarde e na noite de 1º de agosto, no Madison Square Garden, para arrecadar fundos para Bangladesh. Os shows foram assistidos por mais de 40.000 pessoas, muito para a época.


E sendo o primeiro evento deste porte na história musical, contou com vários artistas já consagrados naquela época como Bob Dylan, Eric Clapton, Billy Preston, John Lennon entre outros. Os concertos arrecadaram quase US$240mil, dinheiro entregue à UNICEF. E até hoje, as vendas do álbum e do DVD continuam a beneficiar o fundo de George Harrison para a UNICEF.

Exatamente um ano após sua morte, Olívia sua esposa, junto com Eric Clapton, organizou o Concert for George, no Royal Albert Hall
, em Londres. O concerto contou com a presença do filho de George, Dhani, absurdamente parecido com o pai [foto abaixo].
foto: reprodução


Recomendo o DVD do show, é lindo, intimista, emocionante. Todos estão lá, Ravi Shankar, Tom Petty, Jeff Lynne, Billy Preston, Jim Capaldi, Jools Holland, os integrantes do Monty Python, e claro, Paul McCartney e Ringo Starr.

Talvez por ter sido um show entre amigos é que foi tão bonito. Foi de fato um tributo.

Vale a pena assistir. E se emocionar.