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02 julho, 2011

ah! o preço da vaidade

Momento repeteco.

Percebi que nos últimos tempos tenho escrito raramente dando mais espaço às informações, então, acho que é chegada a hora de tirar a poeira e não permitir que as aranhas instalem suas teias em alguns posts escritos lá atrás,

O que eu escolhi para inaugurar esta nova seção, escrevi e publiquei originalmente em 19 de maio de 2009.

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Passou uma ideia pela minha cabeça e eis que hoje encontro a foto para ilustrar meu texto. A foto é esta:

foto: blog Danilo Gentili
Ok, alguém fumando na calçada não traz novidade alguma. E também não me interessa escrever sobre fumantes, afinal, não fumo, e os fumantes já têm patrulhas demais eu não acrescentaria mais uma. Mas é inevitável comentar: a que ponto se chega pelo prazer de um cigarro! Expor-se, assim, em público, correr o risco de ser flagrada e fotografada!?


Vaidade das vaidades, e o bom senso fica esquecido numa gaveta desarrumada, em casa.


Em nome da vaidade, as mulheres se submetem às situações [mais] constrangedoras, bem o sabemos - aquela que nunca esteve numa condição desta que atire a primeira chapinha -, eu inúmeras vezes, mas sempre restringi o vexame ao reservado espaço físico do salão, cercada de semelhantes aliens como eu, escovas, secadores, cabeleireiros, manicures, revistas quem-contigo-caras, revendedoras da avon e da natura.


Acontece que hoje em dia está mais do que comum presenciar mulheres na rua usando bóbis e grampos adornados por lenços ou não.


O lugar preferido para desfilar esse visual sempre foi a feira [cena típica de minha infância, nos anos 70, ir à feira e encontrar senhoras de bóbis empurrando seus carrinhos entre as bacias de chuchu, cenoura e laranjas]. Mas, pasmem, nos dias atuais outros ambientes já recebem estas mulheres desinibidas: já presenciei no metrô, no supermercado e até na rua 25 de março. E não bastasse o meu constrangimento em vê-las assim, discretíssimas de bóbis, sempre estão acompanhadas de uma entourage [maridos, filhos, netos, amigas]. Na minha opinião de espectadora da cena cotidiana sair à rua de bóbis, com ou sem o lenço na cabeça, é o mesmo que palitar os dentes em público. Ninguém merece compartilhar com você tamanha intimidade.
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