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12 julho, 2009

amante cidão

Ontem assisti ao show do roberto carlos, e eu não estava só. Só no maracanã, eram 68 mil , mas sabe-se lá quantos país afora, quantos milhões acompanharam as músicas românticas, nostálgicas e jovem guarda? sei lá.

Achei emocionante e RC super diferente da imagem dos últimos anos. Estava alto astral e ao mesmo tempo emocionado com o seu momento histórico. É, pensando bem, não dava pra perder.

A minha música predileta ele já não canta mais, faz tempo. Faço parte da geração que quando na primeira infância, no auge da jovem guarda, tinha a música ...e que tudo mais vá pro inferno como, digamos, o ilariê cantado por xuxa.

foto: portal g1

Era, acreditem, minha cantiga de ninar preferida. Muito tempo depois, tive um namorado, e descobri que para ele, era a trilha sonora para embalar as refeições. Criança difícil pra dormir, criança difícil para comer, embaladas por ...e que tudo mais vá pro inferno - quantas outras criaturas não trazem a mesma memória afetiva da mesma música?

Jamais pensei que um dia eu fosse assistir a um show dele, só que nos aos 90 surgiu o convite, e lá fui eu, sem nenhuma empolgação pra falar a verdade. Daí que não tenho um registro afetivo daquele momento.

Mas eu também nunca havia me dado conta que gostava de RC, até ontem. Sabia 99% do repertório, nada desprezível para quem nunca deu muita bola, não acham? Aliás, o título deste post é um retrato do meu alto conhecimento musical do artista. Durante anos a fio eu não entendia o verso "nos lençóis macios, amantes se dão", é claro que eu entendia: "nos lençóis macios, amante cidão...", isso só demonstra que RC tem a sua porção djavan ou jorge vercilo, como queiram.

Foi muito bonito o show. Valeu a pena assistir e aqui fica o meu singelo registro.