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05 setembro, 2009

atitudes

O título inicial deste post seria outro mas me ocorreu que o assunto da semana é um pouco mais vasto e que resumindo, todo ele se refere às atitudes femininas. Com isso quero questionar até que ponto é interessante presenciar a vida alheia ou, por outro lado, até que ponto a sua, a minha, a nossa vida, hábitos e comportamentos privados devem ser compartilhados? A MATRIZ E A FILIAL ... não se trata da relação jurídico-contábil de uma pessoa jurídica, mas sim do tema da música de Lupicínio Rodrigues. Aconteceu na manhã de ontem. Quatro de nós estávamos reunidas no anexo tomando nosso cafezinho do intervalo entre uma aula ou simpósio. Quando cheguei à salinha com meu café, o bate-papo já havia começado, mas foi fácil entender do que se falava, aliás, quem dominava a cena era a copeira, sentada confortavelmente numa cadeira com braços, e dizendo em alto e bom som, para quem quisesse ouvir "hoje eu sou a outra, e ser a outra é um must" [sic]. As espectadoras, todas em pé, ficaram curiosas com tal afirmação tão cheia de convicção e orgulho de si. E lá vem a tese: após 11 anos de casamento ela mandava numa relação com um dos companheiros do trabalho, e ela, a outra, vivia no melhor dos mundos. Era visivel a pouca auto-estima da moça, a amargura por anos de devoção ao ex-companheiro traidor. Pegava-se no ar a sua revolta e o orgulho com que narrava suas peripécias e conquistas.

Nem era preciso dar corda à moça porque ao perceber que dominava a cena e as atenções ela continuava, e 'trouxa' era esposa do rapaz e ele próprio. Será? Não questiono as escolhas da orgulhosa 'outra', mas sim, sua atitude pública repleta de confissões agressivas. Definitivamente ela não se percebia.

JOVENS E UNIVERSITÁRIAS O evento em questão reuniu profissionais da área de alimentos [nutricionistas, farmacêuticos, médicos, jornalistas etc.]. Presenciei a falta de postura de algumas universitárias que se portavam como se estivessem em suas vidas privadas: tiravam seus calçados dos pés em plena palestra ou esticavam as pernas sobre as cadeiras à sua frente, até deitavam tranquilamente em bancos destinados a assento das pessoas, partilhavam os espaços públicos como se estivessem bem, não sei, talvez nos seus quartos, sem contar na precariedade que deixavam os banheiros no fim do dia. Tudo um horror. Algumas atitudes me fizeram lembrar de meus 14/15 anos mas não dos tempos de faculdade. Sei lá, percebi muita sociabilidade mas pouca civilidade. O encontro em si foi muito tranquilo e para mim a melhor parte foi o convívio com quem trabalhei e convivi por quatro dias. Rimos muito, demos alguns foras e deles rimos mais ainda. Momentos de gerações distintas.