.


.

.

25 março, 2010

palavras, palavras, palavras...

Hoje me ocorreu que existem palavras cuja sonoridade é transformadora, e outras, ao contrário, têm sons que acabam com qualquer expectativa de charme fonético.

E quando me refiro a "palavra", pode ser até mesmo um apelido ou uma gíria, porque o que me importa é o som. Para mim, as monossilábicas são as mais charmosas e encantadoras como Fé, Mãe, Pai, Cal, Sol, Lua, Putz!...

Em outros idiomas acontece a mesma coisa: Joy, Home, Love, Hope, Suerte, Liebe, Croissant...
Têm aquelas que são engraçadas, jaca [acho engraçadissima], abacaxi [de onde se tirou esse nome?],  batata [deliciosa só de falar], e por aí vai.

As de origem indígena, são as que têm sonoridade mais curiosa: Mandioca, Pacaembu,  Anhangabau, Ubatuba [dá até para ritmar os tambores], Caraguatatuba, Itapetinga, Itápolis, Itapeva, Itaquaquecetuba.

Certa vez, eu morava em Maceió, um colega de trabalho quis brincar com a minha 'origem paulista' e comentou exatamente a sonoridade dessas palavras, acompanhado de ironia, claro - por que será que certas pessoas sentem prazer em brincar com a origem das outras? - ,  quando ele acabou, respondi: "você tem toda razão, o certo mesmo é Maceió, Massaguera, Mundau, Gunga"; quis, assim, demonstrar a ele que estranho é o outro, nunca o nosso.

Algumas são riscadas do meu vocabulário, desde sempre, como aquela que indica má sorte e começa com "a"; ou então a outra, o contrário de 'graça'.

E vocês, já pensaram quais as suas palavras preferidas?