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17 junho, 2010

ai, ai...

Quando leio alguma notícia que faz referência a atitudes civilizadas ganho o dia. Diante de tanta arrogância e carteirada, mais conhecida pelo jargão "você sabe com quem está falando?", chego a me emocionar positivamente.

Capturei a foto ao lado há alguns dias - sorry, não me recordo de onde. Daí que você poderá pensar "e daí?". Ok. Eu respondo.

E daí que o cavalheiro sentado num vagão do metrô de Nova Iorque é nada mais nada menos que Hugh Jackman, o simpático e carismático ator australiano. Ele está na foto levando seus filhos sei-lá-de-onde-para-não-sei-aonde. Fofo, não acham?

Agora imaginem esta mesma cena no metrô de uma grande cidade brasileira...conseguem enxergar?

Bem, é civilizado demais andar de transporte público quando ele oferece a qualidade e a dignidade que os cidadãos contribuintes merecem. Posso narrar aqui dois episódios que aconteceram comigo envolvendo pessoas conhecidas em transporte público aqui em São Paulo. 

Certa manhã, há cerca de uns 6 ou 7 anos,  eu seguia para o trabalho na Av. Paulista, quando um quarentão se destacava na plataforma da estação Ana Rosa entulhada de engravatados. Entramos no mesmo vagão. Era Montanaro. Ninguém naquele vagão se deu conta de quem ele era, e justiça seja feita, ele não fez absolutamente nada para chamar a atenção. Era um cidadão comum. A certa altura ele percebeu que eu o reconheci, e em troca eu recebi um caloroso e simpático sorriso daquele quarentão para quem eu torcia nas partidas de vôlei aos 16-17 anos de idade.O sorriso que recebi era parecido com este da foto ao lado.

E há uns 4 anos, era sábado, e eu retornava da região do Brás quando na estação Sé do metrô, dividindo o mesmo centímetro quadrado comigo estava ele, Angelo Antonio. Tímido e acanhado, ninguém percebia, ou poderia imaginar, que o talentoso ator estava entre os passageiros daquele vagão lotado de gente e suas sacolas. Mais uma vez, tal como o atleta, ele não fazia nada para chamar a atenção.

Claro que tenho dissabores para contar, envolvendo pessoas famosas  e outras anônimas. Aqui eu prefiro registrar estas de calorosa simpatia que encontrei no meu caminho dentro da rotina de quem vive numa grande e caótica cidade.

Beijo da Cris*