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19 agosto, 2010

diane keaton

Sou fã de Diane Keaton desde sempre. Já há algum tempo eu quero escrever sobre a atriz.

O ano era 1977, ou 1978, um sábado a tarde, eu fui ao cinema com uns primos [e diga-se, nunca mais fomos juntos ao cinema]. Dois filmes em cartaz no Gazeta/Gazetinha: Jornada nas Estrelas e Noivo Neurótico, Noiva Nervosa - argh! odeio esse título brazuca para Anne Hall. 

Pediram a minha opinião, e creio se arrependeram.  Do alto dos meus quatorze anos escolhi Woody Allen, e  sem saber, Diane Keaton. A saga de George Lucas que esperasse. 

Respondo por mim. Não entendi absolutamente nada(*). Àquela época, aos quatorze anos, sabia-se muito pouco das relações entre namorados nova-iorquinos e os diálogos que mantinham, ainda mais, namorados escritos e dirigidos por Woody Allen.

Assim, como eu não entendia absolutamente nada, me encantei com os cenários de Nova York e pelo figurino do filme, ou melhor, da personagem de Anne Hall, interpretada por ela.

Se eu soubesse, na ocasião, o que queria dizer ter estilo, ser cool, ser hype, diria que era ser Anne Hall.

Soube depois que o figurino era da própria Diane Keaton. E que figurino. Até hoje moderno, com uma ou outra atualização no corte ou coisa parecida. E acho que aí entendi que estilo é uma combinação de peças com  a sua personalidade.






Naquele ano ela abocanhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por seu personagem. E lá estava ela, presente à cerimônia, vestida como Anne Hall, ou melhor, como ela mesma.



Até hoje seu estilo pode ser considerado um tanto excêntrico, mas sua personalidade também o é, então, tudo fica perfeito. Ou quase. Às vezes ela exagera e, passa do ponto como nesta foto, toda de branco. Over.


Reconheço que o seu estilo sempre me insipirou. Desde o uso de um blazer masculino de lã, a forma como ela incorpora os colares de pérolas ao vestuário, o uso de lenços e echarpes [tentei usar gravata mas, fui derrotada], a camisa branca sempre presente, uma calça preta social, sapatos baixos, óculos de sol vintage.

Mas não me rendi aos chapéus e boinas.  Adaptei o cinto sobre o casaco de lã à minha realidade sul-americana.

Sem contar os vários filmes , de dramas até as comédias, que interpretou muitas vezes acompanhada por outros geniais atores e atrizes.

 O Poderoso Chefão, 1972
Baby Boom, 1987

Alguém tem que ceder, 2003

Divas!


(*) Alguns anos depois passei a entender e a acompanhar todos os filmes de Woody Allen - mas aí já dá um novo post. Há alguns anos revi Anne Hall, no canal TELECINE, e adorei.