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25 outubro, 2010

frase do dia

Sempre admirei Ruth Cardoso. Afinal, ela soube como ninguém negar o papel de primeira-dama. Tinha personalidade e identidade próprias.

Uma vez, eu estava no restaurante SPOT, num almoço de despedida de uma colega de escritório. Éramos quatro pessoas à mesa. O ano, não estou certa se foi 2001 ou 2002.

Onde eu estava sentada, podia ver o movimento na lateral do restaurante para a Alameda Ministro Rocha Azevedo.

Movimentação à porta como em um filme de ação com agentes do FBI. 

Bem, não era o FBI mas sim agentes da Polícia Federal encarregados da segurança de Dona Ruth que chegava ao restaurante para ocupar uma mesa no extremo oposto a nossa para almoçar com um grupo de amigas.

O fato é que ela entrou com a elegância discreta cantada por Caetano Veloso.

Eu a reconheci imediatamente. Meus três colegas de mesa, estavam na dúvida se realmente era a esposa do então presidente da República.

O certo é que devo ter sido incisiva demais em observá-la porque enquanto olhava o salão em busca da mesa onde já se encontravam a sua espera, ela gentilemente sorriu para mim, como que para chancelar a minha descoberta.

Carisma e elegância que naturalmente despertaram respeito e admiração.

Outra brasileira de uma geração em extinção que se foi...