É cada uma ...vejam esta que li há pouco no Yahoo!:
Um jornal judaico publicado em Nova York, ao dar destaque a operação que encontrou e matou Bin Laden, simplesmente apagou Hilary Clinton - e uma diretora estratégica do governo Obama - de uma das fotos oficiais da Casa Branca. O que pode parecer apenas machismo da linha editorial do jornal é um pouco pior. Explico:
O jornal é um veículo de notícias para a comunidade hassídica de Nova York. Os hassídicos vêm a ser o ramo ultra-ortodoxo da religião judaica.
É bom termos em mente que toda religião tem seu grupo ultra-ortodoxo: judeus, católicos, muçulmanos, cristãos neo-pentecostais, quem sabe até budistas etc etc etc.
Bem, o Yahoo! informa que ouviram um rabino, e segundo este, o jornal não publica nenhuma imagem de mulheres porque poderia se considerado "sexualmente sugestivo".
Socorro!! Uma mulher de meia-idade, sentada, com uma das mãos à boca e olhar espantado e uma outra mulher lá no fundo de uma sala poderiam levar uma comunidade a crer numa sugestão sexual?
Ah, mas o rabino fica em cima do muro e critica a decisão do jornal em publicar a foto sem as mulheres dizendo "para mim, esse ato de censura é uma violação do princípio judeu de não distorcer informações".
Quer dizer, Hilary Clinton é o braço diplomático do governo Obama, viaja o mundo inteiro e se reúne com chefes de estado e é descartada da história; a diretoria nacional contraterrorismo, uma diretoria estratégica do governo Obama, é dirigida por uma mulher e ela também é descartada da história.
Com isso fica claro que apesar de estarmos no século XXI, apesar dos avanços tecnológicos e apesar das liberdades civis conquistadas, ainda existem grupos religiosos ultra-ortodoxos que censuram e até distorcem os fatos históricos por ... preconceito.
Pois é...