Entro
na reta final da leitura do livro Crime e
Castigo de Dostoievski. Eu
pensava ser daqueles livros clássicos de longas e intermináveis narrativas. Sei
lá.
Devo
isso também ao imaginário de que romance russo é difícil, e também atribuo esse
preconceito aos filmes longos e intermináveis sobre os clássicos russos, em
particular, Irmãos Karamazov, Guerra e Paz e Dr Jivago.
O
fato é que estou apaixonada por essa leitura. Sim, é um livro longo, dividido
em dois exemplares da série Clássicos, da editora Abril.
Posso
dizer que testemunhamos as atitudes de Ródion Raskólnikov, estudante pobre da
São Petersburgo que abandonou a faculdade de Direito por não ter dinheiro.
Seremos cúmplice do personagem e junto com ele percorreremos ruas, cortiços,
hospedagens, delegacia, a noite e o dia em São Petersburgo da segunda metade do
século XIX ainda sob o domínio dos czares.
Aguardo
a cada troca de páginas que esse anti-herói admita o seu crime e finalmente se
liberte da opressão existencial que passou a acompanhá-lo. Mas o enredo nos
envolve numa narrativa que conspira a favor [ou seria contra?] Raskólnikov.
Gosto de buscar as imagens dos locais em que se desenrolam as
histórias, como se eu passeasse por aqueles espaços que me levam os escritores.
Faço isso sempre que possível.
Pelo Google, descobri paisagens maravilhosas da São Petersburgo
atual. Selecionei as imagens que indicam o verão russo – época em que se
desenrola a história de Dostoiévski para ilustrar este post, com a presença marcante do Rio Neva, um cenário recorrente.
E para concluir, uma curiosidade dessa minha leitura: semana
passada foi divulgada uma foto de Rodrigo Santoro num filme que ainda será
lançado, e ao vê-lo, eu o imaginei sendo o Raskólnikov de Dostoiesvki.
Uma extraordinária história, mais que um clássico, uma obra
atemporal.
Crime e Castigo
Fiódor Dostoiesvski
2 volumes
Clássicos - editora Abril
Imagens: Google