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26 novembro, 2011

pobres e atormentados


Entro na reta final da leitura do livro Crime e Castigo de Dostoievski. Eu pensava ser daqueles livros clássicos de longas e intermináveis narrativas. Sei lá.

Devo isso também ao imaginário de que romance russo é difícil, e também atribuo esse preconceito aos filmes longos e intermináveis sobre os clássicos russos, em particular, Irmãos Karamazov, Guerra e Paz e Dr Jivago.

O fato é que estou apaixonada por essa leitura. Sim, é um livro longo, dividido em dois exemplares da série Clássicos, da editora Abril.

Posso dizer que testemunhamos as atitudes de Ródion Raskólnikov, estudante pobre da São Petersburgo que abandonou a faculdade de Direito por não ter dinheiro. Seremos cúmplice do personagem e junto com ele percorreremos ruas, cortiços, hospedagens, delegacia, a noite e o dia em São Petersburgo da segunda metade do século XIX ainda sob o domínio dos czares.

Aguardo a cada troca de páginas que esse anti-herói admita o seu crime e finalmente se liberte da opressão existencial que passou a acompanhá-lo. Mas o enredo nos envolve numa narrativa que conspira a favor [ou seria contra?] Raskólnikov.

Gosto de buscar as imagens dos locais em que se desenrolam as histórias, como se eu passeasse por aqueles espaços que me levam os escritores. Faço isso sempre que possível.

Pelo Google, descobri paisagens maravilhosas da São Petersburgo atual. Selecionei as imagens que indicam o verão russo – época em que se desenrola a história de Dostoiévski para ilustrar este post, com a presença marcante do Rio Neva, um cenário recorrente.





E para concluir, uma curiosidade dessa minha leitura: semana passada foi divulgada uma foto de Rodrigo Santoro num filme que ainda será lançado, e ao vê-lo, eu o imaginei sendo o Raskólnikov de Dostoiesvki.


Uma extraordinária história, mais que um clássico, uma obra atemporal.






Crime e Castigo
Fiódor Dostoiesvski
2 volumes
Clássicos - editora Abril






Imagens: Google