.


.

.

28 fevereiro, 2012

dica do sommelier n.11




Olá amigos,

A caminho do trabalho, me ocorreu um tema recorrente no meu ofício para abordar aqui com vocês.
Eu me lembrei de um fato bastante comum no dia a dia de um sommelier no atendimento aos clientes.
Na última semana atendi a um cliente que ao me pedir a carta de vinhos, disse o seguinte,
 – Se em meu jantar não tiver um bom vinho não valerá a pena, e se você tiver o que eu gosto, melhor.
Prontamente, e antes de discorrer sobre os vinhos top relacionados na carta do restaurante, respondi,
 – Que ótimo senhor, eu tenho certeza que você veio ao lugar certo; em nossa carta podemos encontrar exemplares maravilhosos que com certeza irão lhe agradar.
Em seguida, informei os vinhos que harmonizariam perfeitamente com os pratos escolhidos – entre os italianos, um excelente da Fatoria di Barbi e pronto para ser consumido, outro com Denominacion di Origene Garantida e Controlata ou DOGC; também sugeri alguns Châteaux e alguns vinhos da península ibérica.
Continuando, e seguindo o meu feeling, percebi que ele queria vinhos mais acessíveis, portanto, indiquei Carménère chileno, Malbec argentino, Tannat uruguaio, Merlot brasileiro, inclusive o vinho Desejo confeccionado pelo meu amigo e ilustre enólogo, Lucindo Copat, da vinícola Salton.
Enfim, sugeri todos os vinhos que se encontram em nossa adega, selecionados para a mais perfeita harmonização com o cardápio do restaurante.
O que me surpreendeu, diante de tantas opções, é que ao final o cliente me pediu um Lambrusco tinto, ou seja, ele demonstrou que não detém conhecimento suficiente para compreender a carta de vinhos e as sugestões oferecidas. Bom, aqui nasce a minha dica:

– ao ir a um restaurante não se deixe levar pela vontade de querer impressionar aqueles que estão ao seu redor. Não tenha receio do sommelier, ele está ali para te ajudar a escolher o vinho certo que valorizará a sua refeição. 


Apreciem um bom e honesto vinho. Um grande abraço e saúde.