Olá
amigos,
A
caminho do trabalho, me ocorreu um tema recorrente no meu ofício para abordar aqui com vocês.
Eu me lembrei de um fato bastante comum no dia a dia de um
sommelier no atendimento aos clientes.
Na
última semana atendi a um cliente que ao me pedir a carta de vinhos, disse o
seguinte,
– Se em
meu jantar não tiver um bom vinho não valerá a pena, e se você tiver o que eu
gosto, melhor.
Prontamente,
e antes de discorrer sobre os vinhos top
relacionados na carta do restaurante, respondi,
– Que ótimo senhor, eu tenho certeza que você
veio ao lugar certo; em nossa carta podemos encontrar exemplares maravilhosos
que com certeza irão lhe agradar.
Em
seguida, informei os vinhos que harmonizariam perfeitamente com os pratos
escolhidos – entre os italianos, um excelente da Fatoria di Barbi e
pronto para ser consumido, outro com Denominacion di Origene
Garantida e Controlata ou DOGC;
também sugeri alguns Châteaux
e alguns vinhos da península ibérica.
Continuando,
e seguindo o meu feeling, percebi que ele
queria vinhos mais acessíveis, portanto, indiquei Carménère chileno, Malbec argentino,
Tannat
uruguaio,
Merlot brasileiro, inclusive
o vinho Desejo
confeccionado pelo meu amigo e ilustre enólogo, Lucindo
Copat,
da vinícola Salton.
Enfim,
sugeri todos os vinhos que se encontram em nossa adega, selecionados para a
mais perfeita harmonização com o cardápio do restaurante.
O
que me surpreendeu, diante de tantas opções, é que ao final o cliente me pediu
um Lambrusco tinto, ou
seja, ele demonstrou que não detém conhecimento suficiente para compreender a
carta de vinhos e as sugestões oferecidas. Bom, aqui nasce a minha dica: