Interpretar não deve ser lá das tarefas mais
fáceis. Além de exigir técnica e aperfeiçoamento, exige do intérprete criar características
que muitas vezes não lhe pertencem.
Grandes atores não se deixam intimidar por seus
personagens.
Penso assim toda vez que assisto a um filme com
atores e atrizes encarnando personagens históricos. Foi assim com Anthony Hopkins
na pele de Richard Nixon, Hellen Mirren em Elizabeth 2ª.
São artesãos que emprestam seu talento e seu
ofício para se vestirem de personagens mais próximos da nossa memória do que o Napoleão Bonaparte de Marlon Brando ou o Alexandre de Collin Farrel que, sabemos,
um dia existiram.
Imagino o que acontecerá com a minha predileta, Meryl Streep.
A primeira vez que a assisti foi na série para tevê
Holocausto, nos fins dos 70 início dos 80, acho.
Em seguida, veio a mãe que abandona a família em
Kramer x Kramer. E não parou mais de me surpreender, em que pese, às vezes os
filmes serem péééssimos. Mas lá estava ela.
A sua Miranda em o Diabo Veste Prada é uma
construção, penso eu, que vai além de Anna Wintour e tem muito de Karl
Lagerfeld. E a sua Julia Child, em Julie&Julia? Fabulosa.
Agora é aguardar para saber se a sua Margareth
Tatcher tem alguma chance esta noite.
Cris*Borrego