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24 março, 2012

perfil ~ cris isobe



O perfil de hoje é de mais uma criativa-criadora e blogueira.

Falo de Cris Isobe, a titular do lindo blog mIsceLâneA, onde há  design + craft + belos textos e muito mais.
Os seus talentos passam pela fotografia, o trabalho visual, o trabalho manual - ambos de altíssima qualidade - a redação de lindos textos, super ideias apresentados num blog delicioso de se passear e se perder. 
Cris é uma das queridas virtuais que tive a honra de conhecer. O que foi muito bom. Mas estou com saudades Cris!
Senhoras e senhores, com vocês, um pouco mais de Cris Isobe...



cadêmeumoleskine – Cris, ao pensar no inesquecível, quais são para você a viagem ou o lugar, a música, o livro e a imagem?

Cris Isobe – Quero te agradecer pelo carinho e pela oportunidade, sempre bom essa troca que possibilita conhecer um pouquinho mais de cada um...
O lugar, fiquei imaginando aqui mil lugares, talvez outro dia eu responda outra coisa, mas hoje respondo o jardim da casa do meu avô. Era um lugar mágico, lindo! É como será o meu jardim um dia, não custa sonhar, né?
Não me importaria de ter um orquidário como o dele, de madeira, simples e aconchegante. Um porto seguro cheiroso.
A música, eu poderia falar de muitas e muitas canções, gosto de muitas, cada uma me toca de maneira diferente.  Mas, amor de índio sempre me dá um certo frisson, uma corrente boa de energia que entra pelo ouvido e rebate na memória e agarra o coração em massagens deliciosas de aconchego...
O livro, essa resposta é meio batida, já comentei o meu enorme tombo por Jane Austen, especialmente Orgulho e Preconceito, volta e meia releio. Apesar de ser bem eclética, gosto dos clássicos.
A imagem, meus filhotes vieram para me emocionar, não consigo me lembrar de emoção maior e transbordante do que aquela. Quando fitei aqueles olhinhos pela primeira vez, tive medo de dormir e esquecer toda a emoção, perder os detalhes, sei lá...você vai guardando feito memória fotográfica todos os detalhes...




cadêmeumoleskine – que conselho você pode deixar para as pessoas que, assim como você tem talento, como é possível explorá-lo?
Cris Isobe     Ô Cris, é engraçado. Por que na verdade eu não me sinto assim, tô sempre achando que sei pouco demais, tem cabeças incríveis por aí, admiro sem vergonha ou timidez o trabalho de outras pessoas, guardo muitas referências sempre, de tudo, textos, livros, cor, estampa, arte, cinema. Isso só me faz querer estudar cada vez mais.
Se por ora, o curso desejado é inacessível, quem sabe um curso menor, um workshop, ou uma boa pesquisa sobre o assunto vá suprindo, perguntar sempre. Tem sempre pessoas ótimas prontas a motivar quem demonstra um interesse real. O importante é não desanimar, procurar soluções possíveis no momento.
Toda experiência conta na hora de colocar a mão na massa, e se for verdadeiro, vai refletir sem nuvens no trabalho que se propor. Acredito muito nisso!
cadêmeumoleskine – Cris, o que o Oriente tem a nos ensinar?
Cris Isobe     Uau, são pequenas e básicas coisas, aquelas que nós mesmos repetimos e educamos nossos filhos a fazer, mas nem sempre seguimos. Acho que a palavra é RESPEITO. Respeito ao próximo e a si mesmo, respeito e amor à própria cultura sem deixar de admirar e acolher outras culturas, respeito ao que é novo tanto quanto o que já foi. O uso efetivo e prático de palavras como HONRA, HUMILDADE, HONESTIDADE.


cadêmeumoleskine– o que te tira do sério e o que falta ser cultivado nos dias de hoje?
Cris Isobe     Bem, uma das coisas boas da maturidade é conseguir focar no que vale a pena. O que espero continuar aprendendo agora na casa dos quarenta...rsrsrsr Me tira do sério ás vezes, é constatar que uma exposição sempre gera um julgamento pro bem ou pro mal, então me tira do sério ser mal interpretada ou jugada por pessoas que não me conhecem, mas se acham bastante conhecedoras para apontar o dedo...isso é de lascar e me deixa mal...mas um dia eu aprendo a não levar tão em conta.
O que falta é o respeito mesmo, o olhar para o outro realmente antes de falar ou jugar...

cadêmeumoleskine – complete a frase: "não vivo sem ..."

Cris Isobe     o sentimento de família. Meu pai e minha mãe incutiram em mim este forte sentimento de família. Então mesmo que criamos os filhos para o mundo, torcendo pelo encontro deles com os próprios caminhos, longe ou perto, eu não vivo sem esse sentimento de família, de não estar sozinho no mundo, de ter um porto seguro...
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