a
resenha...
Ao longo dos
séculos, as mulheres domesticaram seu lado selvagem, a porção criativa e
energética do seu ser. Abordando 19 mitos, esta analista junguiana afia as
garras da energia vital feminina.
A autora, através
da interpretação de 19 lendas e histórias antigas, entre elas as de Barba-Azul,
Patinho Feio, Sapatinhos Vermelhos e La Llorona, a autora identifica o
arquétipo da Mulher Selvagem ou a essência da alma feminina, sua psique
instintiva mais profunda.
lemos
no prefácio que...
Todas
nós temos anseio pelo que é selvagem.
Existem
antídotos aceitos por nossa cultura para esse desejo ardente.
Ensinaram-nos
a ter vergonha desse tipo de aspiração.
Deixamos
crescer o cabelo e o usamos para esconder nossos sentimentos.
No
entanto, o espectro da Mulher Selvagem ainda nos espreita
de dia e de noite.
Não
importa onde estejamos, a sombra que corre atrás de nós tem decididamente
quatro patas.
para mim...
Assim começa um
livro inspirado e por isso mesmo inspirador em que leremos a interpretação
psicológica de 19 lendas e contos de fadas que permeiam nosso imaginário desde
sempre.
Clarissa Pinkola
Estés, não é uma mulher nem uma analista junguiana comum.
Ao analisar
minuciosamente as histórias contidas nesse livro, se abrirá um campo de
interpretações e revelações que cada leitora pode fazer de sua própria história
de vida.
Eis aqui o mote para
a pergunta: – o que o livro pode revelar sobre você mesma?
Acredite, haverá em
algum parágrafo, em algum capítulo uma revelação, uma epifania, um insight.
O livro vai além do
que podemos identificar como o inconsciente coletivo das mulheres. Isso porque além de
algumas histórias clássicas, como Barba Azul e Patinho Feio, encontramos lendas do folclore indígena mexicano.
E aqui vai uma
dica: você não precisa ler o livro sequencialmente.
Leia a sua Introdução,
o
que já vale por um capítulo.
Os capítulos em si
estão divididos pelas lendas e histórias, portanto, crie você mesma a sua
dinâmica de leitura.
Não se trata de um
livro fácil – todas as mulheres que conheço e que o leram reconhecem.
E muitas vezes não
estamos preparadas para enfrentar uma leitura.
Quantas vezes adquirimos um
livro e não conseguimos passar da 1ª página?
Há tempo certo para
lê-los, entendê-los e de certa maneira entendermos a nós mesmos.
Deixo aqui uma
menção especial ao trabalho da tradutora Waldéa Barcellos.
Mulheres
que Correm com os Lobos
Autor: Clarissa Pinkola Estés
Editora:
Rocco