.


.

.

23 outubro, 2012

dica do sommelier n.43


Olá Amigos,

O último sábado foi um dia de descobertas para mim, e aproveitei esse gancho para criar esta dica da semana.

É que passou um filme na minha cabeça sobre os vinhos que já tive o prazer de provar – já foram muitos e eu não consigo me lembrar de todos, rsrsrs, nem dá né!!

Resultado: peguei algumas das fichas técnicas de alguns deles e naquele momento percebi que há muitos produtos que são de dar água na boca que trazem consigo ensinamentos sobre geografia e história tornando sua apreciação uma viagem nos sentidos e no aprendizado.

Por isso decidi intitular a dica da semana como
Para mim, vinhos exóticos são aqueles que me cativam com sua história, sua cultura e diferentes pontos de criatividade do produtor e de seu lugar de origem.

Enfim, ao meu ver, o fato de ser um produto de grande qualidade, de um lugar onde nem imaginávamos que existisse algo assim, me faz crer que trazem o título de 'exóticos'. E não só isso, temos que considerar que suas nuances também se tornam o fator principal nessa questão.

Antes de lhes apresentar dois vinhos, que considero nessa categoria, gostaria de lhes explicar meu conceito a respeito da palavra em relação ao vinho.

Podemos dizer que ser exótico em relação ao vinho, é ser diferente, raro, precioso e expressivo.

Então, pensando nisso, relembrei alguns dos vinhos que já provei em minha caminhada e me surpreendi com algumas fichas técnicas e resolvi compartilhar com todos que acompanham minhas dicas. Trago dois para compartilhar com vocês.

Vinho n.1 
Um austero vinho de Stellenbosh, África do Sul, chamado Meerlust que virou um monumento nacional em 1989. Este não deixa de ser um vinho exótico e a sua história me cativou...

Apreciei um Meerlust Rubicon – 1996 numa degustação na confraria de amigos do vinho. Ele é produzido a partir de uvas Cabernet Sauvignon (70%), Merlot (20%) e Cabernet Franc (10%), resultando em uma tonalidade marrom, maduro e com muita personalidade.

O próximo vinho me impressionou e não faz muito tempo que o provei, até me emociono quando lembro e falo a seu respeito, e mais ainda, quando o aprecio.
Estou falando de uma riqueza do nosso Brasil. Um deus do vinho brasileiro. 

Vinho n.2
É o Cave Geisse Nature, um espumante que retrata a verdadeira essência do vinho nacional.

Eu o considero exótico por ser de origem brasileira e o prazer que é apreciar um legítimo espumante confeccionado com o mesmo método de um champanhe Champenoise.

O Millesimés – 2005 me fez acreditar que estamos em um patamar superior ao do que pensamos estar.

O vinho é produzido com o método tradicional com as uvas Chardonnay e Pinot Noir, colhidas em fevereiro de 2005 e conta com o diferencial de não adicionar licor em sua composição.

Trata-se de um espumante com finas perlages contínuas e muito frescor; as notas gustativas eu deixarei em aberto para que possam perceber quando tiverem o prazer de apreciá-lo.

Há tantos outros vinhos exóticos, por isso, deixo aqui minha dica:

– Procurem selecionar rótulos que sejam de localidades curiosas ou que vocês considerem regiões exóticas para a confecção de vinhos. Citarei alguns exemplos, dentre tantos lugares

Stellenbosh, África do Sul                     Mendocino, Califórnia

Irpinia, Itália          Marlborough, Nova Zelândia

Margaret River, Austrália

Dessa forma vocês testam seus conhecimentos e enriquecem seus órgãos sensoriais.

Ah!, Enquanto eu escrevia a dica, apreciava um vinho exótico, cujo nome é FAVAIOS. Falarei dele depois.

Apreciem sempre um bom e honesto vinho...

Jeozadak Gomes

.

.
.