Olá queridas leitoras!!!!
Pensei muito neste feriadão
sobre o assunto que trataremos nesta semana, e achei interessante falar sobre
a origem do make-up
entre lendas e
realidade
(olha como escrevi bonito,
gente, parece título de artigo ...)
Bom, como já disse algumas
vezes Cleópatra foi a grande "pioneira" no ramo da cosmetologia, o
que nos faz crer que ela não era nem um pouco bonita e por isso desenvolveu
técnicas e aplicações que a favoreciam... e por ser a soberana... também
deveria ser a mais bela.
Quando assistimos o clássico Cleópatra,
com a Diva Elisabeth Taylor, podemos ver a maquiagem azul esverdeada que ela
usava nos olhos e o contorno em kajal
preto que formavam o desenho de uma ave, ou seja, a cabeça do Deus Rá,
acreditando que seria uma proteção eterna.
Acontece que para compor essas
cores e aplicá-las como sombra nos olhos era necessária a alquimia entre metais
pesados – principalmente chumbo, mercúrio e arsênio – e a aplicação desses
metais indica ter sido essa a razão da morte da imperatriz, por intoxicação,
vejam o que levou a busca da beleza única e perfeita de Cleópatra.
Outro aspecto bem
interessante, até alguns séculos atrás foi a busca da beleza perfeita retratada
pela palidez excessiva, a pele alva, resultada pela aplicação de alguns
produtos.
Desde a mais remota
mitologia, acredita-se que a pele clara significava perfeição, e por isso,
todas as mulheres buscavam diferentes produtos que as deixassem extremamente
brancas.
Historicamente está comprovado
que muitas mulheres, principalmente da nobreza, se banhavam em leite de jumenta,
acreditando que o líquido muito branco as deixaria claras também, inclusive, no
recente filme Branca de Neve, a Rainha Má aparece tomando banho em leite de
jumenta para manter-se sempre bela.
Mas para esse assunto a
história que acho mais interessante é a lenda de Psyché.
Diz a lenda que Psyché foi
buscar no inferno o segredo da pele branca da deusa Vênus, trazendo a cerusa,
ou alvaiade, um pigmento branco, constituído por carbonato de chumbo ou de
cálcio, para compor suas fórmulas mágicas.
Psyché, por John William Waterhouse |
Até a Renascença italiana
esse mesmo alvaiade era usado durante o dia pelas lindas mulheres nobres, que à
noite cobriam suas faces com emplastros de vitelo cru molhado no leite a fim de
minimizar os efeitos nocivos causados pelo alvaiade.
O Kama Sutra, escrito entre
os séculos I e IV, define a mulher ideal como Padmini, aquela que tem
"...a pele fina, macia e clara como o lótus amarelo..."
No Japão, do século IX ao XII,
a valorização da pele branca era regra geral. Para obter a aparência
extremamente clara as mulheres aplicavam um pó espesso e argiloso feito de farinha
de arroz, chamado oshiroi. Depois
passaram também a usar o beni, uma pasta
feita do extrato de açafrão, para colorir as maçãs do rosto."
Como veem, o "Mundo da
Maquiagem" é mais antigo e mágico do que podemos imaginar...
Em outras oportunidades
conheceremos outros contos e lendas!
Super abraço.
Felipe Abrahão
fonte: www.maquiagemfacil.com.br/historia.asp