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01 fevereiro, 2009

o que o dinheiro não compra

Admito. Não morro de amores por Tom Cruise. Para mim sempre esteve no ar algo de estranho nas fotos sempre posadas com Nicole Kidman. Não me interessa a vida privada dele, o que quero dizer é que acho tudo muito plastificado, sintético, falso como uma nota de U$35.

Envelhecemos, Tom Cruise e eu. E aquela impressão permanece.

Sua estada no Rio, com direito a família feliz e aparato de segurança hollywoodianos, não me convence. Ele está aqui por razões meramente profissionais para divulgar o filme que rodou em Berlin, "Valkyrie". Fato inédito ele vir ao Brasil para divulgação.

Olhei estas fotos e pensei na pequena Suri.

A menina é linda, uma boneca. Mas fica evidente o quanto a exposição já a afeta. Parece outra jogada de marketing do pequeno Tom. Sei não. Aquela sensação antiga a respeito dele volta a incomodar. É preciso o registro da família feliz de comercial de margarina, tudo certo demais, e quem traz veracidade e espontaneidade ao comercial é a pequena Suri. A foto da família feliz na praia da Urca é a que justifica este texto: a família descontraída nas areias enquanto é observada da calçada pelos curiosos, que mais parecem figurantes, e que depois os cercam como se fossem alienígenas ou uma baleia jubarte encalhada -para ficar no contexto praiano. Sei não. Posado demais, seria também fake demais? Daí leio que o casal foi jantar num badalado restaurante japonês no Leblon, daqueles que se você quer ser visto é lá o point.

Simpáticos e perfeitos demais. Será?

Fico imaginando a pequena Suri e seu mundo de faz-de-conta.