Sim, esta cidade de São Paulo tem passado, minha gente. Ah, se as árvores falassem, o tanto que viram acontecer por aqui, ah, e se as outras testemunhas oculares da história como as casas, igrejas e capelinhas se pronunciassem...certamente contariam muita coisa, como a casa do bandeirante, por exemplo.
A casa do bandeirante é um exemplo das habitações paulistas construídas entre os séculos XVII e XVIII. Estas casas eram encontradas no que eram consideradas áreas rurais, imagino que se fosse traduzir para os dias de hoje equivaleria à Grande São Paulo e o interior adentro.
As casas dos bandeirantes se localizavam principalmente junto a bacia dos rios Tietê e Pinheiros [imagina se esses dois coitados pudessem falar, vixi!].
As fotos são da casa do bandeirante no bairro do Butantã. Mas existem outros exemplares desta construção espalhados na cidade, como aquelas que se encontram nos bairros do Tatuapé e do Jabaquara, e até mesmo a casa do grito, às margens do córrego do Ipiranga.
Um pouco sobre o Butantã
O bairro do Butantã remonta ao ano de 1566, quando foi concedida uma sesmaria a Jorge Moreira e Garcia Rodrigues, na paragem conhecida como Uvatantan. Em 1602 há registros dessa propriedade como pertencente a Afonso Sardinha, com o nome de Ubatatá, termo tupi que significa "terra dura". Posteriormente foi feita a doação de seus bens à Capela de Nossa Senhora das Graças da ordem dos jesuítas. [imagens e informações do Museu da Cidade - http://www.museudacidade.sp.gov.br/]
... e falando em jesuítas...
Sempre me recordo do lindo filme A MISSÃO, de Roland Joffé, com um time de atores de 1ª linha interpretando aqueles padres da Ordem de Jesus.
É um filme que me emociona muito, também, as belas imagens e a trilha sonora de Ennio Morricone compõem um filme belissimo mas aí já é outra história...
imagens: divulgação
Mas é isso. São Paulo completou 456 anos mas seus problemas a envelheceram muito mais. Adoro essa cidade, suas histórias, seus lugares, mas nem sempre a gente que por aqui passa ou que aqui mora, cada dia mais sem-educação, que esquecem que São Paulo é uma quatrocentona a caminho dos 500 anos.