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22 março, 2010

contra a banalização da vida: proteste

Aproveito para comentar que há pouco teve início o julgamento do casal acusado de matar a menina Isabella. Assisto à distância e com ceticismo porque o Tribunal do Júri tem peculiaridades.

Em direito, o princípio que norteia o processo penal é in dubio pro reo. Se pairar dúvida sobre a autoria do crime pelo réu, julga-se a seu favor, quer dizer, não se pode condená-lo por crime que não há provas de que ele o praticou. E esse é o mote da defesa do casal: demonstrar que não existem provas ligando os réus a autoria do crime.

Mas, é preciso recordar que todas as tentativas de habeas corpus, levadas até a instância do STF, foram negadas  durante todo esse tempo. Então, será que realmente as provas da polícia científica não são conclusivas?

Isso me fez pensar na banalização que se tornou a vida humana. O sangue frio necessário ou a falta de boas emoções na vida em sociedade. Uma criança foi brutalmente assassinada. Isso não dá pra dissociar do julgamento. Quem de fato jogou aquela criança não merece absolvição muito menos perdão. E qual o senso de justiça numa circunstância dessas?

Jogo intrincado.