.Há algum
tempo ensaio escrever sobre uma das minhas mais recentes paixões televisivas e
que é encerrar a semana assistindo a um belíssimo filme exibido no programa Mostra na Cultura, exibido pela TV Cultura [a partir
das 22:15h, nas noites de 4ª e 6ª feira]. Os filmes
exibidos são sempre maravilhosos e para quem gosta de cinema é um prato cheio.
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.Eis que
ontem resolvi assistir ao início do programa e saber o que viria pela frente.
Os apresentadores sempre recebem um convidado para comentar o filme que irá ser
exibido e na noite de ontem assisti ao filme curiosa em saber se o que
comentaram era mesmo verdade.
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.Escrito e
dirigido por Wong Kar-Wai, têm frases memoráveis, o que me leva a querer
assisti-lo novamente, desta vez, com meu caderno ao lado para anotar todas as
maravilhosas citações.
todas as
recordações são rastros de lágrimas
.Não se engane com o título em português. O
original é simplesmente o enigmático 2046. Mas o tema
central do filme é o amor: o amor verdadeiro que muitas vezes não é
correspondido, o amor que se descobre quando se perde, o amor em si. Já o número 2046 é também um personagem: tanto se refere ao quarto onde parte da história de
desenrola, como o próprio ano futuro próximo, e também, o título do livro escrito pelo
protagonista..
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.A história
é narrada em 1ª pessoa pelo personagem principal, um escritor que nos conta a
respeito de sua vida em Hong Kong durante os anos de 1966, 1967 e 1968
respectivamente. Mas a narrativa não é linear, é uma colcha de retalhos entre a
vida desse escritor e o romance que ele escreve.
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.Boas surpresas me aguardavam, mesmo boiando um pouco. Acontece que identifiquei algumas referências de diretores e seus filmes que para mim são especiais: Ridley Scott e seu Blade Runner no que o filme apresenta sobre o futuro no distante ano de 2046; Pedro Almodóvar, nas cores, na estética do anos 60, nos boleros e nas personagens femininas; Win Wenders e seus filmes Asas do Desejo e Tão Longe,Tão Perto, em que os personagens se relacionam em diversos idiomas.
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.Boas surpresas me aguardavam, mesmo boiando um pouco. Acontece que identifiquei algumas referências de diretores e seus filmes que para mim são especiais: Ridley Scott e seu Blade Runner no que o filme apresenta sobre o futuro no distante ano de 2046; Pedro Almodóvar, nas cores, na estética do anos 60, nos boleros e nas personagens femininas; Win Wenders e seus filmes Asas do Desejo e Tão Longe,Tão Perto, em que os personagens se relacionam em diversos idiomas.
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corpos se entendem, almas não
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.Simplesmente inesquecível. Com uma fotografia arrebatadora, uma trilha sonora escandalosamente linda composta por ópera, boleros e instrumental reunidos numa combinação perfeita, uma história desordenada mas repleta de emoção, sem contar as tocantes atuações.
.Um belo filme para aqueles que amam o cinema de verdade.
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