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11 janeiro, 2012

dica do sommelier n.4

Olá,
Hoje falarei sobre as taças ideais para se apreciar o seu vinho.

Acredite, a taça tem uma influência considerável; ela pode realçar qualidades ou esconder eventuais defeitos.

O mesmo vinho, colocado em taças de formatos diferentes, apresenta características diversas e pode enganar até mesmo degustadores experientes.

Outro ponto importante é que nunca se deve encher a taça até a boca. No máximo 55 ml de vinho, para que se possa sentir mais facilmente os seus aromas.

São muitos os tipos de taças apropriadas, mas quase todas tem uma série de características comuns. Para começar, devem ser feitas de vidro ou cristal incolor e liso, para permitir uma apreciação correta da cor do vinho. Se possível, dê preferência às taças mais finas em sua espessura. Taças espessas são bastante desagradáveis.

Atualmente existem taças especialmente desenhadas para os vários tipos de vinhos. As mais conhecidas são as da empresa austríaca Riadel, extraordinárias – claro que existem outras que se aproximam delas e que não são tão caras...

As taças devem ter necessariamente uma haste e um pé. É por essa haste que se pega a taça, para que o calor da mão não aqueça o vinho.

O desenho também é fundamental. O bom desenho costuma ter a boca mais estreita do que o bojo, porque esse formato facilita a percepção dos aromas. Numa taça de boca aberta o perfume se dispersa.

Uma das melhores taças sempre será aquela que seguir o padrão ISO - International Standards OrganizationEsse padrão serve para qualquer tipo de vinho.

Veja a ilustração:


Quanto mais parecida com ela, melhor. Tem uma haste no tamanho de 55 mm, é elegante, sua capacidade é estudada, 215 ml, e o formato – que lembra um ovo cortado – realça as qualidades e ajuda a perceber eventuais defeitos da bebida.

Já as destinadas para servir os vinhos brancos  costumam ser menores, porque esse tipo de vinho é servido gelado e em quantidades menores para não esquentar. Assim,não é necessário um grande recipiente.

Para os espumantes, a taça preferida é a flûte, estreita e cumprida. Por conservar o gás do vinho, nela o espumante continua gaseificado por mais tempo. As melhores têm formato de tulipa alongada, com a boca não muito pequena. Aquelas muito estreitas podem acabar condenando os aromas.

Evite o modelo tradicional, rasa e bem aberta. Ela proporciona a dispersão rápida e exagerada do gás do espumante.  A lenda diz que essa taça teria sido moldada nos seios da rainha Maria Antonieta. Pode até ser. Com todo respeito aos seios reais, mas tal taça não serve para espumantes.

Veja os modelos ideais para cada tipo de vinho:








o vinho branco, 
constituído de uma haste longa e fina
com o bojo em forma de tulipa








sirva o vinho tinto Bordeaux neste modelo, 
cujas formas amplas permitem 
que os vinhos tintos se expandam









esta é a taça do vinho Tinto Borgonha;
fácil de girar permite 
que os aromas se desprendam facilmente











Flûte para Champagne; 
também utilizada para servir
outros vinhos espumantes.










indicada para Porto ou Xerez
sua forma foi inspirada na copita de Xerez










padrão utilizado em sessões de degustação 
nas feiras internacionais; 
também utiliza-se para vinhos refrescantes 
assim como os frizantes.




É isso. Aprecie sempre um bom e honesto vinho...
Jeozadak Gomes