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21 abril, 2012

perfil ~ wilselman oliveira


A experiência de editar um blog é verdadeiramente interessante. 
Este marcador perfil nasceu despretensiosamente, e hoje eu me surpreendo ao reler as entrevistas e também me orgulho do alto nível das entrevistadas que generosamente abrem um pouco suas opiniões e predileções, compartilham-se um pouco, e assim, quem sabe, inspirem outras mulheres assim como acontece comigo.
E como eu escrevi à convidada de hoje, eu aprendo a cada nova entrevista que recebo, a cada novo olhar que chega. Imagino que com tantas pessoas por aí aconteça o mesmo.
Mas, falando um pouco sobre a entrevistada de hoje, ela vem de Brasília, e sem planejamento prévio, coincide de publicá-la neste 21 de abril.
Seu nome é Wilselman, como ela mesma disse, "um nome inglês e masculino!". Eu aprendi a chamá-la por Wil, não só porque criamos um laço nesse tempo todo de correspondência cibernética, mas também porque gosto de imaginar que assim aproximamo-nos mais.
Wil é daquelas pessoas que não conheço ainda, mas por quem nutro um carinho e admiração especiais. Apreciem mais uma entrevista muito especial...



cadêmeumoleskine – Wil, ao pensar no inesquecível, quais são para você a viagem ou o lugar, a música, o livro , a imagem e o filme?
Wil Oliveira – Para mim, a viagem inesquecível foi a que fiz para os EUA. Talvez por ter sido um sonho acalentado pelos desenhos do Walt Disney, por ter visto a neve, conhecido Lake Tahoe, Las Vegas ou simplesmente por ter sido o maior presente que já me dei, com todo o seu significado – meu brinde à vida!

Minha música declaradamente eleita é My Way. Tento viver e fazer tudo a minha maneira. Sou totalmente musical e mesmo quando estou em absoluto silêncio tem uma melodia em minha cabeça,

Difícil dizer, mas o livro que eu li recentemente e gostei muito, como uma ferramenta para o autoconhecimento, foi A Cura de Schopenhauer, de Irvin D. Yalom,
A imagem – meus filhos. Em todas as idades, humores, ocasiões e lugares. São eles o tema dos meus últimos pensamentos antes de adormecer e o primeiro ao acordar,

Amo filmes e já perdi as contas de quantos assisti. Muito difícil eleger um. 
Adoro "Melhor é Impossível”, de 1997, com Jack Nicholson, Helen Hunt e Greg Kinnear. Acho que é uma linda história romântica e muito engraçada, com a maior declaração de amor que alguém pode fazer – querer ser melhor, para alguém.



cadêmeumoleskine – o que a região do cerrado tem a nos ensinar e que nós, brasileiros, ainda não aprendemos?
Wil Oliveira – Cris, como você sabe, Brasília foi construída para interiorizar a capital do país, e promoveu um impacto importante na integração do Centro-Oeste à vida econômica e social do Brasil. Ela tinha o título de “Capital da Esperança”, mas muitos moradores do entorno e de cidades do Distrito Federal, passaram a denominá-la “ilha da fantasia”, devido ao seu alto custo de vida, que os impeliu às margens dessa “ilha”. Hoje, infelizmente, Brasília é conhecida como a “capital da corrupção”. Talvez por concentrar as atividades políticas e servir de palco para vários escândalos, que se repetem em todo o Brasil.

imagem: Google
Acho que Brasília tem a ensinar que é uma bela cidade, Patrimônio da Humanidade, com ordem e eficiência urbana; que serve de palco para grandes manifestações populares; onde vivem também pessoas honestas, que respeitam as heterogeneidades, a faixa de pedestres, que trabalham e estudam muito e que merecem respeito.

cadêmeumoleskine – o que te tira do sério e o que falta ser cultivado nos dias de hoje? 
Wil Oliveira – O que me tira do sério é a falsidade e tudo que ela envolve. E o que falta ser cultivado nos dias de hoje é a compaixão genuína.

cadêmeumoleskine – e pra terminar, Wil, como você completaria a  a frase: "não vivo sem ...” ?
Wil Oliveira – No sentido literal de viver, eu não vivo sem a vontade de Deus. Gosto de muitas coisas, amo algumas pessoas, mas a vida me ensinou que por pior que seja a falta, seja lá do que for, prosseguimos, vivemos! Eu acredito nessa força divina e viverei, enquanto Deus quiser.