A experiência de editar um blog é verdadeiramente interessante.
Este marcador perfil nasceu despretensiosamente, e hoje eu me surpreendo ao reler as entrevistas e também me orgulho do alto nível das entrevistadas que generosamente abrem um pouco suas opiniões e predileções, compartilham-se um pouco, e assim, quem sabe, inspirem outras mulheres assim como acontece comigo.
E como eu escrevi à convidada de hoje, eu aprendo a cada nova entrevista que recebo, a cada novo olhar que chega. Imagino que com tantas pessoas por aí aconteça o mesmo.
Mas, falando um pouco sobre a entrevistada de hoje, ela vem de Brasília, e sem planejamento prévio, coincide de publicá-la neste 21 de abril.
Seu nome é Wilselman, como ela mesma disse, "um nome inglês e masculino!". Eu aprendi a chamá-la por Wil, não só porque criamos um laço nesse tempo todo de correspondência cibernética, mas também porque gosto de imaginar que assim aproximamo-nos mais.
Wil é daquelas pessoas que não conheço ainda, mas por quem nutro um carinho e admiração especiais. Apreciem mais uma entrevista muito especial...
cadêmeumoleskine – Wil, ao pensar
no inesquecível,
quais são para você a viagem ou o lugar, a música, o livro , a imagem e o
filme?
Wil Oliveira –
Para mim, a viagem inesquecível foi a que fiz para os EUA. Talvez por ter sido
um sonho acalentado pelos desenhos do Walt Disney, por ter visto a neve,
conhecido Lake Tahoe, Las Vegas ou simplesmente por ter sido o maior presente
que já me dei, com todo o seu significado – meu brinde à vida!
Minha música
declaradamente eleita é My Way. Tento viver e fazer tudo a minha maneira. Sou
totalmente musical e mesmo quando estou em absoluto silêncio tem uma melodia em
minha cabeça,
Difícil
dizer, mas o livro que eu li recentemente e gostei muito, como uma ferramenta
para o autoconhecimento, foi A Cura de Schopenhauer, de Irvin D. Yalom,
A imagem –
meus filhos. Em todas as idades, humores, ocasiões e lugares. São eles o tema
dos meus últimos pensamentos antes de adormecer e o primeiro ao acordar,
Amo filmes e já perdi as contas de quantos assisti. Muito difícil eleger um.
Adoro "Melhor é Impossível”, de 1997, com Jack Nicholson, Helen Hunt e Greg Kinnear. Acho que é uma linda história romântica e muito engraçada, com a maior declaração de amor que alguém pode fazer – querer ser melhor, para alguém.
cadêmeumoleskine – o que a
região do cerrado tem a nos ensinar e que nós, brasileiros, ainda não
aprendemos?
Wil Oliveira –
Cris, como você sabe, Brasília foi construída para interiorizar a capital do
país, e promoveu um impacto importante na integração do Centro-Oeste à vida
econômica e social do Brasil. Ela tinha o título de “Capital da Esperança”, mas
muitos moradores do entorno e de cidades do Distrito Federal, passaram a
denominá-la “ilha da fantasia”, devido ao seu alto custo de vida, que os
impeliu às margens dessa “ilha”. Hoje, infelizmente, Brasília é conhecida como
a “capital da corrupção”. Talvez por concentrar as atividades políticas e
servir de palco para vários escândalos, que se repetem em todo o Brasil.
imagem: Google |
Acho que
Brasília tem a ensinar que é uma bela cidade, Patrimônio da Humanidade, com
ordem e eficiência urbana; que serve de palco para grandes manifestações
populares; onde vivem também pessoas honestas, que respeitam as
heterogeneidades, a faixa de pedestres, que trabalham e estudam muito e que
merecem respeito.
cadêmeumoleskine – o que te
tira do sério e o que falta ser cultivado nos dias de hoje?
Wil Oliveira –
O que me tira do sério é a falsidade e tudo que ela envolve. E o que falta ser
cultivado nos dias de hoje é a compaixão genuína.
cadêmeumoleskine – e pra
terminar, Wil, como você completaria a a frase: "não vivo sem ...” ?
Wil Oliveira –
No sentido literal de viver, eu não vivo sem a vontade de Deus. Gosto de muitas
coisas, amo algumas pessoas, mas a vida me ensinou que por pior que seja a
falta, seja lá do que for, prosseguimos, vivemos! Eu acredito nessa força
divina e viverei, enquanto Deus quiser.