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13 fevereiro, 2009

sobre maternidade - II

O que será que está aconteceu na Suíça?
Sei que por aqui muito aconteceu desde a divulgação do atentado à brasileira Paula Oliveira, e a cada dia a história se torna mais intrincada. Quem fala a verdade? Quem falseia a verdade?
O certo é que tanto o jornalista que divulgou em primeira mão a notícia [Ricardo Noblat, em seu blog] como o ministro das Relações Exteriores podem ter se precipitado. De outro lado, surgem muitas questões: (1) por que a brasileira construiria uma história fantasiosa que comprometesse sua vida? (2) por que a polícia suíça desconfiaria da história? (3) por que a entrevista coletiva? (4) que exames foram realizados para afastar a gravidez naquela noite? (5) os cortes são realmente superficiais? e por aí vai.
Hoje depois da comoção inicial e dos últimos acontecimentos percebi que a cada dia que passa fica mais delicado o papel da imprensa eletrônica. Um fio tênue separa a verdade da ficção e da mentira.
Como inicia outro jornalista blogueiro, Reinaldo Azevedo, um dos seus post de hoje, sob o título Questão de Precisão: "É incrível como as instâncias intermediárias entre a verdade a mentira vão tomando conta do noticiário e das conversas. Quando nos damos conta, só estamos debatendo variações sobre a mentira. Sim, porque, acreditem, INEXISTEM instâncias intermediárias entre a verdade e a mentira. (...)"
Agora resta esperar o desenrolar dos acontecimentos, com mais cautela e respeito pelo acontecido porque se realmene esta moça viveu o que divulgaram foi uma barbárie, do contrário, se ficar provado que ela simulou os acontecimentos ela precisará de ajuda médica além daquela que vem recebendo.
Este episódio me lembrou o caso do desaparecimento da menina Madeleine em Portugal. Inicialmente as investigações e a imprensa, trataram o episódio como sequestro. Tempos depois, com o trabalho policial, a versão do crime cometido pelos próprios pais tomouforça. E até hoje o caso não foi esclarecido.
Afinal, o que está acontecendo com a humanidade? Será que estamos nos tornando bizarros ou será que sempre fomos?