No perfil desta semana, a sublime arte do balé é parte da entrevista concedida por Lilly Cruz ou simplesmente Lilly.
Como não poderia deixar de ser, como as muitas entrevistadas que já estão aqui, primeiro eu a conheci virtualmente. Em comum, temos a Petite Danseuse, de Degas.
Ela, porque a escultura remete à sua paixão. A mim, porque a escultura me emociona, sempre.
Posteriormente, tive a deliciosa oportunidade de conhecê-la numa tarde de amigas – lá estavam Beth, Sandra, Sonia e Telma que já deixaram um pouquinho delas por aqui.
Bem, chegou a vez de Lilly...
cadêmeumoleskine – Ao pensar no inesquecível,
Lilly, quais são para você a viagem ou o lugar, a música, o livro e a imagem?
Lilly Cruz – Inesquecíveis tem sido esses
últimos 5(cinco) anos...
Após algumas
situações difíceis que vivi entre 2003 e 2005, resolvi que tudo na minha vida
seria um aprendizado, eu tentaria ver tudo com os olhos de Deus-sem nenhuma
pretensão- ou seja deixaria de rotular
as coisas como certo ou errado.
O resultado
é que comecei a me sentir mais leve, então fiz uma viagem que me marcou muito
em 2007 à cidade do Porto, que é linda, visitei algumas vinícolas no Douro
que me deixaram encantada.
Um acontecimento
inesquecível foi quando vocês me receberam em
Sampa, foi maravilhooso! Foi muito legal conhecê-las.
Adotei essa música como minha realidade, Laura Pausini, Vivimi;
Quanto ao livro tenho alguns que leio com uma certa freqüência que são O homem medíocre, de José Ingenieros; de Epicteto, A arte de viver; e terminei de ler Humilhados e ofendidos do Dostoiévski;
A imagem é a
foto do Vulcão Etna, sempre fui apaixonada por ele, estive lá porém
não cheguei ao topo pois tinha neve, mas eu voltarei!
cadêmeumoleskine – O que a
criatividade e a criação têm a nos ensinar?
Lilly Cruz – Adotarei uma frase do Deepak Chopra que diz..” a quietude por si só é o
potencial da criatividade restrita a certos aspectos da sua expressão. Mas a
combinação do movimento com a quietude capacita você a desencadear sua
criatividade em todas as direções – até onde o poder de sua atenção o possa
levar.”
Penso ser
importante ficar em silêncio para realmente se encontrar.
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cadêmeumoleskine – que conselho você pode deixar para as pessoas
que, assim como você tem talento, como é possível explorá-lo no dia-a-dia?
Lilly Cruz – A arte do
silêncio. . . se ouvir, ouvir o corpo, o coração – principalmente. Ter momentos
de ócio, desligar todo o barulho até o seu, e com isso encontrar-se.
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cadêmeumoleskine – o que te tira do sério e o que falta ser
cultivado nos dias de hoje?
Lilly Cruz – Nada me
tira do sério, eu não permito! Pratico todos os dias meus momentos de silêncio
para me harmonizar e com isso encontrar a minha paz.
A
compaixão, compartilhar o sofrimento do outro não é aprová-lo nem compartilhar
suas razões, boas ou más, para sofrer; é
recusar-se a considerar um sofrimento, qualquer que seja, como um fato indiferente, e um ser vivo
qualquer que seja como coisa.
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cadêmeumoleskine – por último, Lilly, complete a frase: "não vivo sem ...”
cadêmeumoleskine – por último, Lilly, complete a frase: "não vivo sem ...”
Lilly Cruz- Não vivo sem...atividade física.
Ana Botafogo
após deixar e Teatro Municipal no Rio de Janeiro, afirmou que continuava a
fazer aulas pois precisava manter-se azeitada, eu também preciso me manter
assim.
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