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10 julho, 2012

dica do sommelier n.29


Olá amigos,

Como foi o final de semana de vocês?

Espero que tenha se divertido, apesar do frio.

Aqui vai mais uma parte de nosso trabalho, que tenho em minha agenda com muito prazer. Nesta dica 29, falarei sobre o vinho Madeira que é, sem dúvida, um dos fortificados mais complexos em minha concepção.


Os Madeiras são produzidos no arquipélago português de mesmo nome, localizado a oeste da costa de Marrocos, África ocidental.

Sua produção é obtida do mesmo modo do vinho do Porto, apesar dos diferentes terroirs e castas de uvas que entram em sua composição.

A grande diferença está no processo de maturação a que ele é submetido: um processo forçado ou “cozimento” em estufas aquecidas entre 45º e 50ºC. Com esse processo o vinho adquire seu caráter único.

Uma observação ...
Nem todos os Vinhos Madeira passam por estufa. Os melhores, e mais caros, são amadurecidos pelo sistema de canteiros, em que o vinho fica nos cascos por um período mínimo de três anos, sem o aquecimento artificial constante.
As percepções sensoriais de um Vinho Madeira...
No aspecto visual, geralmente as nuances de cor são âmbar, dourado, ouro velho, cobre amarelo, castanho e até mesmo algumas nuances de verde.

Nos aromas, se difunde uma complexidade de aromas secundários – bouquet – desenvolvidos no envelhecimento, entre eles estão pinho, eucalipto, frutos secos, chocolate, casca de laranja, café, tabaco, coco, caramelo, chá, mel, açúcar queimado, carvalho, pimenta, baunilha, cravinho, noz-moscada, verniz, canela ... uma infinidade de aromas.

O sabor dependerá de três fatores: o grau de açúcar, a acidez e o álcool. O final de boca, em qualquer Vinho Madeira, se torna bastante prolongado.

Como dica, sugiro que se aprecie um Madeira em uma taça estilo aberta junto ao pé, tornando-se mais fechada no topo. E ao usá-lo na cozinha, dê preferência a pratos com molhos a base de carne.

Aprecie sempre um bom e honesto vinho